segunda-feira, 10 de março de 2008

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Tortura nunca mais, por Vanessa Costa



Fazendo uma análise, após ler nos jornais, ouvir nos noticiários televisivos sobre a corrida eleitoral dos Estados Unidos, e pensar em que candidato seria ou não o mais ideal para a população mundial, percebi que é mais sério do que pensamos a escolha do novo presidente americano.

Os Estados Unidos, um país que se diz democrático, justo etc... passa agora a adotar a tortura, declaradamente, já que eles são um dos principais incentivadores da tortura, inclusive mandaram para o Brasil torturadores para passar seus ensinamentos na época da Ditadura Militar. A base de Guantanamo em Cuba, por exemplo, onde existem vários prisioneiros acusados de terrorismo, é comandada pelos EUA, que usam a tortura para retirar confissões dos presos, e ainda fazem pouco caso das pessoas. A imprensa internacional divulgou fotografias de soldados americanos ao lado de corpos, de pessoas em situações de menosprezo, numa demonstração de descaso total ao ser humano. Guantanamo é apenas um exemplo, porque a pouco tempo os EUA atacou e invadiu Granada. No Iraque na década de 90 prendeu várias pessoas sem nenhum julgamento, integrantes dos Panteras Negras estão presos até hoje, a exemplo de Mumia Abu Jamal, no corredor da morte, sem que tenha tido defesa apropriada. São centenas de casos como estes, que não daria para ser descrito em apenas um texto.

Os Americanos estão ocupando a base de Guantanamo desde 1898, quando venceram uma guerra contra a Espanha. Cuba era, na época, uma colônia espanhola. O resultado dessa vitória militar foi a nomeação de um cidadão americano como primeiro presidente de Cuba, Tomás Estrada Palma, que se apressou a celebrar o acordo que deu a posse de Guantanamo aos EUA para que ali edificassem uma base naval permanente. Ao longo dos anos, a existência da base foi questionada diversas vezes por vários governos cubanos, mas os EUA nunca a quiseram abandonar e os acordos foram sendo renovados.

A permanência de prisioneiros sem julgamento viola a Convenção de Genebra de 1949, cujo tema é A Proteção das Vítimas de Conflitos Bélicos, o artigo 13 da Convenção diz: "Os prisioneiros de guerra devem ser tratados o tempo todo com humanidade... Os prisioneiros de guerra devem, outrossim, ser protegidos a todo tempo, de modo especial, contra todo ato de violência ou intimidação, bem como contra insultos e a curiosidade pública". A tortura em prisioneiros de "guerra" não é privilégio apenas dos Americanos do Norte, esteve presente em países da África, na China, no Irã. A Anistia Internacional, também coloca o Brasil na "lista negra" dos torturadores. Os EUA foi citado com mais rigor, porque declara a todo tempo ser um país justo, além disso, entrei nesse assunto para falar sobre os atuais presidenciaveis americanos.

Voltando então para os candidatos que estão na corrida eleitoral desse "poderoso" país, temos o pré-candidato pelo partido Republicano, John McCain, um ex-militar, nascido no Canal do Panamá, mas, filho de americanos, foi prisioneiro de guerra, passou pela tortura e até outro dia (começo da corrida eleitoral), era contra a tortura e a favor de uma emenda que circulava no senado americano, que entre outras medidas, proíbe sete tipos de torturas que estão sendo realizadas por americanos em diversas bases. Mas, incrivelmente, ele agora, já candidato dos republicanos, voltou atrás, e esta ao lado de George Bush, atual presidente americano, declaradamente contra essas medidas do senado.

Pela mudança repentina, claro, para obter apoio dos "conservadores" a favor das guerras, das invasões as terras alheias, podemos perceber que tipo de presidente ele vai ser. Espero eu, que os americanos analisem por esse lado também, porque, infelizmente, o que os Estados Unidos faz, reflete no resto do mundo e a depender do que for, pode prejudicar muita gente.

2 comentários:

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

A democracia como valor universal não existe e nem pode existir, pois temos que chegar em sua essência e ver a quem beneficia. Para a aristocracia grega da antiguidade existia a mais ampla “democracia”, porém, para os escravos (que eram a absoluta maioria), a democracia era somente uma palavra vazia. Na realidade a verdadeira e legitima Democracia ainda é uma grande utopia. As eleições em si não fazem uma democracia. A Democracia não é feita apenas de eleições mas também com a possibilidade real da grande totalidade da absoluta maioria da população participar da direção e gestão dos assuntos públicos e sociais. Não existe um modelo autêntico ou forma perfeita ou exemplar de Democracia no mundo, e nem existe um modelo único que sirva para todas as regiões e todos os países. Cada povo busca construir a democracia de acordo com as suas próprias realidades sociais, politicas e econômicas sempre objetivando assegurar a soberania e a independência nacional. É preciso pensar bem no que seja realmente uma verdadeira Democracia. Assim sendo a vontade de um povo, (e não de golpistas e tiranos), também pode constituir-se como um processo em forma de Democracia quando acontece de dezenas de milhões de pessoas chegarem a conclusão de que não se pode mas continuar a viver assim e desta forma escolhem o caminho da Revolução Social e da Libertação Nacional. Os Estados Unidos da América que se julgam os campeões de “Democracia” por exemplo não passam de uma grande Ditadura da Burguesia e do Capital Monopolista; ditadura essa que não permite nenhuma ameaça ao seu domínio que não pode ser contrariada e nem ter oposição, pois o capital e os interesses da burguesia em primeiro lugar e tem que ser defendida a qualquer custo. A Democracia para os EUA é quando mandam e ditam as regras e submetem os povos a subserviência, mas quando os povos se levantam e tentam impor-se contra a vontade dos EUA então isso é Ditadura. A dita “Democracia” dos Estados Unidos da América não passa de uma grande fraude um engodo, uma farsa, um faz-de-conta apenas para dizer e enganar de que se trata da vontade da “maioria”. Toda ruidosa propaganda de “Democracia” nos Estados Unidos da América não é senão uma capa fina por traz do qual fica cada vez mais difícil de não esconder a Grande Ditadura da Burguesia e do Capital Monopolista. Nos EUA a “liberdade de expressão e manifestação” e o exercício dos direitos de expressão, associação e reunião, incluindo a participação em organizações não-governamentais e sindicatos permanecem até o instante desde que não fiquem afetando os interesses da burguesia e do capital monopolista. Os Imperialistas dos EUA que usam de estratégia as duas palavras consideradas chave “Liberdade e Democracia” que usadas politicamente não passam de fachada apenas para enganar e dizer que a causa que “defendem” são tudo por esses dois ideais. Existem nos Estados Unidos apenas dois partidos grandes que se revezam e se perpetuam no poder a anos e representam e defendem os interesses do grande capital; e isso não significa dizer que o povo deseja somente a existência desses dois partidos. O Partido Democrata e o Republicano que são dois partidos do Grande Capital Monopolista e um pelo outro é a mesma coisa e não acrescentam em nada, pois os dois simulam que fazem oposição um ao outro e são farinha do mesmo saco, é como trocar seis por meia dúzia, os dois contribuem sobremaneira para diminuir a influência de outros partidos e assim ajudam a manter o povo prisioneiros da Ideologia Burguesa. Os eleitores são enganados de forma eficaz ao pensarem que votando em um ou outro desses dois partidos haverá mudanças mas nada acontece e basta que se observe na politica dos Estados Unidos da América quando ficam criando pretextos para dominar o mundo através da força bruta belicista, agressiva e terrorista. Os dois partidos que tem grande espaço nos meios de Comunicação Social e nas Agências de Publicidade e é exatamente essas que se encontram sob o domínio da classe dominante, que embora sendo menor é toda poderosa. Nesse esquema, a “democracia” é apenas um slogan usado pela burguesia para atingir seus objetivos, e assim dizerem que se trata de uma sociedade que em que todos tem oportunidades sem preconceito ou discriminações, ou seja tudo é feito para defender os interesses do Capital. É bem verdade que nos EUA existem outros partidos mas que não tem a mínima chance de concorrer com esses dois, isso porque a Legislação dos EUA dificulta no máximo a participação de outros partidos nas eleições inventando inúmeros subterfúgios e obstáculos jurídicos entre eles por exemplo, a necessidade de recolherem muito milhares de assinaturas num prazo curto realizada em presença de testemunhas e registradas notoriamente a obtenção de Licenças para os coletores de Assinaturas,etc. E mesmo se os outros partidos conseguirem vencer todas as barreiras, as comissões eleitorais privam-nos frequentemente da possibilidade de participarem nas eleições sob o pretexto de as “assinaturas serem ilegíveis” ou outro qualquer pretexto inventado. Todas as nações devem encontrar sua própria forma de expressão, a conquistar sua própria liberdade e a desbravar seu próprio caminho. O povo de cada país tem todo o direito de lutar pela sua Libertação Social e Nacional a escolherem o melhor caminho para o seu desenvolvimento. Alguns países que realmente tentam tornar-se livres, soberanos e independentes e que buscam seguir o caminho da construção do desenvolvimento democrático conforme a sua realidade politica, econômica e social; e que não queiram ficar nas “mãos” e nem de “joelhos” submisso aos interesses estadunidenses ao recusarem-se a rezar na cartilha dos EUA , esse governo vem a ser perseguido e rotulado de Ditadura. Os estadunidenses tentam de todas as formas se passarem como os Paladinos da “Liberdade e Democracia” e até usam isso como argumento para dizerem que são “defensores” desses dois ideais quando invadem países soberanos que não queiram ficar de “joelhos” e sob seu controle e domínio absoluto. Os Imperialistas dos EUA invadem países objetivando dominar para extrair matérias-primas e demais riquezas. Para isso, endividam essas nações, compram seus políticos e seus governos fantoches. Os Imperialistas dos EUA que usam de maneira estratégica as duas palavras chave “Liberdade e Democracia”, mas se um povo realmente desejar ser livre, independente e soberano ao passarem a construir o seu desenvolvimento conforme a sua realidade politica, econômica e social, e que para isso venham a contrariar os interesses do Império dos Estados Unidos da América, a tão propalada “liberdade e Democracia” que os Imperialistas dizem tanto “defender” deixa logo de existir e vem desrespeito e violação dos direitos humanos, perseguições, golpes, torturas, massacres, repressões e guerras.

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