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A Moda é Massa..., por Carlos Baqueiro
Quando vemos um desfile de moda, glamoroso, temos a impressão de que ali se encontra um mundo de fantasias e ilusões. Quem, em sã consciência, vestiria roupas decotadas e transparentes como as que vestem as modelos? Mesmo em pleno Século 21 não creio que haja gente suficiente no mundo para vesti-las.
Moças e moços deslumbrantes indo e vindo sobre uma passarela. E, no final, estilistas se esbaldam de prazer com aplausos e assobios. Moda, festa, deslumbre. Tudo a ver com a nossa sociedade do espetáculo.
A moda do vestuário entrou de cabeça nessa sociedade em que a aparência é mais poderosa que a essência. Christian Dior, Chanel, Balenciaga, Donna Karan, Giorgio Armani... ufa. Esses são os nomes que vemos e revemos todo o ano nas revistas de moda, revistas femininas, e no Jornal Hoje, na Globo, para deleite das dondocas e celebridades que passeiam pelas cerimônias e solenidades com suas criações.
A publicidade e propaganda são tão massivas que nós, homens e mulheres comuns, assistimos a tudo emocionados, comovidos e invejando a todos e todas.
Oliviero Toscani, em seu livro “A publicidade é um cadáver que nos sorri”, fala de um tal Crime de Adoração a Bobagens, cometido pela publicidade que daria vazão a aqueles que cultuam o “sucesso pessoal a qualquer preço, da grana e da 'aparência'”. Tenho a impressão que este crime é também cometido nesse mundo da moda. Talvez digam que estou sendo imprudente, que a indústria da moda cria milhares de empregos, trabalha com as necessidades lúdicas da sociedade, etc., etc.
Mas o lado econômico é potencialmente relativo. A indústria da cocaína é uma grande empregadora (e haja ludicidade envolvendo-a), a de armas talvez seja uma das maiores empregadoras do mundo. Mas o que produzem? Coisas boas? Coisas ruins?
Quando o filósofo alemão Theodor Adorno criticava o que ele mesmo definia como Indústria Cultural se referia à possibilidade de uma elite econômica poder definir os rumos do mundo com seus produtos midiáticos. “Um imenso maquinismo composto por milhares de aparelhos de transmissão e difusão que visava produzir e reproduzir um clima conformista e dócil na multidão passiva”, como frisa o professor de história Voltaire Schilling, em site na internet.
A moda faz parte daquela indústria? Será que todo o show da moda, verão, inverno, fashion, serve mesmo como um dos meios para auxiliar uma elite a manter a massa em silêncio?
Parece que sim, pois a moda é massa.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
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3 comentários:
A moda dos vestuários ou dos glamorosos desfiles NÃO TEM NADA DE BONITO, portanto, moda não é MASSA! É pedofilia.
Uma garota para está na Europa ou Estados Unidos ou na Ásia, aos 14 anos, desvirginadas, se oferecendo para posar para fotos e desfilarem seminua, trocando de roupas em camarins (ateliês) lotados de pessoas estranhas, tem que ser preparada por pais e responsáveis pedófilos desde a infância para perder os pudores, aceitar a nudez e ir contra os conceitos religiosos da sociedade, DA MASSA.
Todos gostam de vêem nos palcos garotas novinhos seminuas, mas ninguém quer que seja a sua filha ou sua irmã, exceto se também perdeu o pudor. Hoje tem muitas pessoas perdendo, mas, por enquanto, NÃO SÃO MASSAS, são inocentes que foram e são úteis aos circos, aos espectadores e aos novos senhores
O Brasil é um país movido a corrupção e tem muita coisa para ser consertada fora dos espetáculos que vocês tanto valorizam comentando:
http://individuocome.spaces.live.com/blog/
Comé?
Massa é diverso de povo.
Povo tem identidade.
Massa pode ser moldada...
Não confunda alhos com bugalhos!!!
Eu discordo desse argumento, Anuragi...
No caso do Brasil, ‘as massas’ que moldam as celebridades hipócritas, e por elas, o povo de um modo geral aumentando à ‘massa’. Ou as massas se separam uma das outras se espalhando no seio do povo e o moldam também, de forma mais lenta - claro.- como alguns parasitas e hospedeiros.
As ‘massas’ é uma reunião de uma parte da população em prol de algum gosto (prazer) ou objetivos, até do Rock Roll ou do homossexualismo, por exemplo. O povo é ‘massa’, separada de seus objetivos ou de suas querências comuns, e dividida no seio do povo, fora de forma, mas que aos poucos pode ser moldado por essa ‘massa’ hospedada em seu seio... Nenhuma celebridade vai contra as massas, mas tenta moldar uma parte do povo para criar a sua própria ‘massa’, o que poucos conseguiram.
No caso dos desfiles ou da moda, não tem massa, pois o povo não compreende os artistas e só aceita a moda que alguns estilistas plagiam das ruas.
É complicado explicar, mas o que eu quero confirmar é:
Que na moda NÃO TEM MASSA., com exceção do Jeans, né?
Tem ainda quem diz “que a ‘massa’ estragar a moda”.
Hehehehehehehehe!
E esses ditos populares: "Não confunda alhos com bugalhos!!!" ou "Separar o jóio do trigo" Não cabe a humanidade. Quem acreditar nisso, não acredita na evolução e no direito de mudança.
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