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MANIPULANDO O INTERESSE PÚBLICO, por Anderson Souza

Outro dia um amigo me disse que nós jornalistas somos tão pretensiosos ao ponto de acharmos nossos próprios textos sempre corretos e interessantes. Segundo ele, acreditamos cegamente num suposto interesse público sobre todas as baboseiras que escrevemos confiando-nos apenas em nosso poder de persuasão.
Não parei de pensar nisso e de certa forma ele estava certo. Muitas vezes discutimos coisas que na verdade nos incomodam e transpassamos isto para os leitores. Deste nodo, formulamos nosso discurso politicamente correto como se estivéssemos isentos de responsabilidades ou culpas. Mas, por outro lado, entendo que esse tipo de atitude comum entre os jornalistas reflete interpretações particulares de questões particularmente interessantes, mas que porventura passam despercebidas para a maioria da população.
Mas o que realmente é de interesse público? Desde as primeiras aulas na faculdade tenho escutado falar que devemos escrever apenas o importante e de relevância para a sociedade. Entretanto, percebo uma espécie de fórmula utilizada pelas grandes mídias a fim de manter o controle dos menos atentos. Muitas informações às quais temos acesso são disponibilizadas quando o interesse é pura e simplesmente político. O restante é omitido até que haja a necessidade de usá-lo. A busca de audiência é um bom exemplo disto.
Numa tarde de terça-feira, a Rede Globo nos advertiu com um plantão. Minha primeira reação foi pensar em algum tipo de acidente, alguma decisão política, algo realmente importante para tomar o telespectador de súbito. Muito pelo contrário, a informação que naquele momento parecia de urgência nacional era apenas o fato de os participantes do Big Brother Brasil seguirem em carreata até as dependências da emissora. Vésperas da estréia da 8ª edição do reality show, a notícia na verdade era uma espécie de propaganda do produto disponibilizado pela rede a ser consumido durante os próximos três meses.
A maioria dos programas jornalísticos tem sido infectada pelas propagandas. É comum vermos em alguns programas pausas durante uma reportagem e outras cedidas aos anunciantes. Sabemos que muitas dessas produções são financiadas exclusivamente por patrocinadores que em troca querem seus nomes e produtos sendo divulgados. Mas, é bem verdade que a credibilidade das informações acaba sendo comprometida.
Somos levados a crer que todo conteúdo apresentado pelos tradicionais meios de comunicação é de interesse geral. Manipulação é a palavra que achei mais compatível com essa situação.
Não parei de pensar nisso e de certa forma ele estava certo. Muitas vezes discutimos coisas que na verdade nos incomodam e transpassamos isto para os leitores. Deste nodo, formulamos nosso discurso politicamente correto como se estivéssemos isentos de responsabilidades ou culpas. Mas, por outro lado, entendo que esse tipo de atitude comum entre os jornalistas reflete interpretações particulares de questões particularmente interessantes, mas que porventura passam despercebidas para a maioria da população.
Mas o que realmente é de interesse público? Desde as primeiras aulas na faculdade tenho escutado falar que devemos escrever apenas o importante e de relevância para a sociedade. Entretanto, percebo uma espécie de fórmula utilizada pelas grandes mídias a fim de manter o controle dos menos atentos. Muitas informações às quais temos acesso são disponibilizadas quando o interesse é pura e simplesmente político. O restante é omitido até que haja a necessidade de usá-lo. A busca de audiência é um bom exemplo disto.
Numa tarde de terça-feira, a Rede Globo nos advertiu com um plantão. Minha primeira reação foi pensar em algum tipo de acidente, alguma decisão política, algo realmente importante para tomar o telespectador de súbito. Muito pelo contrário, a informação que naquele momento parecia de urgência nacional era apenas o fato de os participantes do Big Brother Brasil seguirem em carreata até as dependências da emissora. Vésperas da estréia da 8ª edição do reality show, a notícia na verdade era uma espécie de propaganda do produto disponibilizado pela rede a ser consumido durante os próximos três meses.
A maioria dos programas jornalísticos tem sido infectada pelas propagandas. É comum vermos em alguns programas pausas durante uma reportagem e outras cedidas aos anunciantes. Sabemos que muitas dessas produções são financiadas exclusivamente por patrocinadores que em troca querem seus nomes e produtos sendo divulgados. Mas, é bem verdade que a credibilidade das informações acaba sendo comprometida.
Somos levados a crer que todo conteúdo apresentado pelos tradicionais meios de comunicação é de interesse geral. Manipulação é a palavra que achei mais compatível com essa situação.
2 comentários:
interessante, posso sugerir mais um local para discussão desse e outros temas?
www.grupos.com.br/grupos/defesadojornalismo
basta cadastrar um email válido e enviar as mensagens.
Eduardo
Muito interesante Anderson, também me pergunto até hoje o que devo escrever para ser de interesse público? O que assistimos na TV hoje são tantas coisas inrelevantes que as vezes até me pergunto: será que isso mesmo é do interesse do público? Ou melhor, o que seria interessante para o público se na maioria das vezes ele é ingnorado ao dar uma opinião ?
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