segunda-feira, 14 de julho de 2008

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72º ANIVERSÁRIO DA REVOLUÇÃO SOCIAL ESPANHOLA, por Yuri

LANÇAMENTO LIVRE DO VÍDEO "19 DE JULHO: A REVOLUÇÃO ESPANHOLA"



"O ANARQUISMO NÃO É UM FIM EM SI MESMO,
MAS UM INSTRUMENTO DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
E COMO TAL PROCURA EXERCITAR E
PREPARAR OS TRABALHADORES PARA QUE POSSAM ASSUMIR
CONSCIENTEMENTE A RESPONSABILIDADE NA AUTOGESTÃO DIRETA
DE UMA NOVA SOCIEDADE."

JAIME CUBERO in ANARCO-SINDICALISMO NO BRASIL.

A história e o triunfo da revolução socialista-anarquista na Espanha nos mostra na prática os valores libertários, de igualdade e ainda coletivistas. "Uma experiência que valia a pena ser vivida", citação de George Orwell em "Homenagem a Catalunha", embora que os fatos não se resumem apenas nisto, pois antes houve prisões, perseguição de militantes e depois ainda, a guerra. A C.N.T não constituía mais apenas um sindicato anarquista. As milícias da C.N.T combateram em Madrid, Barcelona, Bilbao, Valencia e outras. Quer dizer, não foi tão simples como, ocupar as fábricas e expulsar os chefes ou fazer a reforma agrária e ponto final, "à base do facão"!

Na verdade a C.N.T - a F.A.I. - e a J.J.L.L eram as organizações que, unidas, atuavam nesse sentido, de trabalhar com o ideal e estabelecer a ação e a luta preparando a Espanha para o cenário da Revolução Social.

As grandes etapas da revolução espanhola são; de 1931-1934, em que se ensaiou um regime político neo-liberal; em seguida a chamada reação conservadora de 1934-1936, e, finalmente, a revolução social de 1936-39, que desemboca simultaneamente com a guerra civil contra o exército, a igreja e a intervenção incondicional do fascismo em auge.

O povo espanhol conheceu a raíz da sublevação clerical-fascista, uma das mais sombrias e brutais experiências de sua complicada história. Durante e depois da sublevação, Franco desempenhou o papel mais nefasto, acompanhado e ajudado pelos grandes latifundiários, os oficiais do exército, a hierarquia eclesiástica, e por todos aqueles, decididos a resistir, custe o que custasse, às transformações sociais e câmbios econômicos, decididos a defender a qualquer preço seus privilégios de casta.

Em sua sangrenta repressão levada a extremos escalofriantes desde os primeiros instantes da sublevação; os tiranos espanhóis foram ajudados descaradamente pelos estados fascistas; em cuja cabeça figuravam a Alemanha de Hitler, a Itália de Mussolini e Portugal de Oliveira Salazar, e por uma maioria de países regidos por regimes "democráticos"; entre eles e em primeiro lugar figuravam a França de Léon Blum, a Inglaterra do líder trabalhista Bevin e os poderosos Estados Unidos, sede e meca do grande capital com Roossevelt como pioneiro das democracias. Todos eles apesar das etiquetas que traziam não deixavam de ser reacionários e conservadores até a médula. REVISTA ORTO. JULHO 1985.

A história da revolução na Espanha é um assunto até dito complicado visto à extensão da sua leitura à qual espero aprofundar ou até quem sabe, terminar. Mas é interessante os fatos que nos revela. Penso que a revolução na Espanha, além dos outros fatores já citados, do unionismo de organização e da atuação das Juventudes Libertárias, de certa forma, outro fator que impulsionou e propiciou a revolução foi a guerra. Aonde a ideologia ganha caráter secundário.
Dada a ascensão do proletariado com o Comunismo na então URSS - União das Repúblicas Socialistas Soviética, nessa época, pós-primeira guerra mundial, Hitler já pretendia dominar toda a Europa. Conquistando a simpatia de alguns outros países como aliados.

Os chamados regimes totalitários nazista e fascista na Europa refletiram no Brasil com a suspensão dos direitos constitucionais e a criação duma nova constituição inspirada no fascismo da Polônia, e em 1939 com a criação da PE-POLÍCIA ESPECIAL e do DIP-DEPARTAMENTO DE IMPRENSA E PROPAGANDA, encarregados de censurar os meios de comunicação. A insurreição espanhola, além da máxima expressão da democracia, a democracia direta, foi também uma resistência ao avanço do fascismo na Espanha.

O vídeo é um filme documentário fotográfico com a duração de 7´53 minutos. Esse vídeo é fruto do trabalho de pesquisa iniciado em janeiro de 2004 sobre a revolução espanhola e anarco-sindicalismo, de iniciativa individual própria. O vídeo não foi produzido para fins de trabalho acadêmico mas por pura vontade de fazer Anarquia. Sobre o caráter artístico as fotos ganham um colorido e formas próprias, além de movimento. Permite visualizar alguns dos cartazes da C.N.T, da Juventude Sindicalista e ainda conhecer a história da guerra civil, o Anarquismo e o movimento anarco-sindicalista da Espanha.

Enfim, um verdadeiro resgate do anarco-sindicalismo, visto que a produção cinematográfica nesta época foi impulsionada com a formação do Sindicato Único de Espetáculos da CNT responsável pela produção e a organização de atividades cinematográficas e teatrais, à qual, diminuíram bastante com a repressão de maio de 1937 até cessar totalmente com a ditadura.

ADQUIRA O VÍDEO DVD PELO E-NDEREÇO : procob_ba@yahoo.com

3 comentários:

Gustavo disse...

Bacana. Vou linkar

Anônimo disse...

CITAÇÃO INTRODUTÓRIA É CONTRADITÓRIA!

Retirada de um livro isolado, no qual o Jaime teve pouca participação efetiva - tendo sido seu texto no livro retirado de outra publicação. Na verdade o livro conta uma história mentirosa da reativação do movimento sindical revolucionário no Brasil, durante os anos da ditadura militar, em que os 'autores' buscavam falar da tradição histórica do anarcosindicalismo e tentavam - de forma oportunista - se inserir no seu processo de reorganização, a partir do Congresso Anarkista de 1986, nos 100 Anos do 1º de Maio, e que deliberou sobre a importancia tática da retomada do sindicalismo revolucionário no Brasil, lançando o Movimento Pela Reativação da COB/AIT. Esses 'autores', trotskistas que se infiltraram no movimento e que se apoderaram de seu Secretariado - contra as decisões do Congresso (!) que decidiu-se pela formação de uma Coordenadoria descentralizada. Como pela calúnia, difamação e expurgos de antigos militantes eles ainda assim não cosneguiram dominar o movimento tudo fizeram para destrui-lo - depois de desmascarados, por sua própria corrupção. Assim foi que o traidor Morelli - que depois disso já foi candidato a vereador e atualmente é dirigente do MAB/Igreja - marcou a sua passagem pelo MLB. Mas antes, entre 88 e 90, lançou esse livro, cheio de mentiras históricas sobre o período de 60 a 1990.

Esse livro não pode ser referencia para os anarkistas brasileiros. A grande referencia sobre o período são as edições e história do Inimigo do Rei e os livros do Edgar Rodrigues.

No mais a citação do Jaime, em si, é a base da Campanha Pelo Voto Nulo da COB/AIT:
CONTRA A FARSA ELEITORAL
VOTE NULO
NÃO SUSTENTE PARASITAS NO PODER!
SE ORGANIZE E LUTE!
VOTE NULO
PELA AUTOGESTÃO GENERALIZADA DA SOCIEDADE!
COB/AIT: UMA OPÇÃO DE LUTA!

Anônimo disse...

Boa noite. Estou de saco cheio de patrulhamento e senhores da verdade.
Segundo, posso me ater a qualquer referência histórica. O Jaime realmente participou da publicação, se é isolada, rsss, é isolada por que não foi um grupo e sim outro que fez? Não vivemos o bigbrother, não temo e não quermos um Winston que revise a história e faça a sua história de acordo com o que manda o partido único. NÃO HÁ ESPAÇO PARA CONTROLE E OPRESSÃO DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO no meu universo anárquico.
Façam as críticas, confrontem documentos mas não desrepeitem as pessoas.
Saudações Libertárias a todos. João.

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