segunda-feira, 16 de junho de 2008

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Volta ao mundo pela mídia: uma proposta sustentável de combate à violência, por Eduardo Nunes


Que mundo é esse... meu irmão! Que noticiam todos os dias pelo rádio, jornais, Internet e televisão. Vixe maria, é de assustar! Nada de apoio mútuo, solidariedade, amor pelas pessoas, pela natureza, pela própria vida. Será que o mundo é assim mesmo? Só devemos apresentar violência, maldade, crueldade que acontece por aí?

E os espetáculos musicais, a poesia, a literatura as artes em geral, quase não se lê, escuta ou vê na mídia, apenas em espaços reservados e bem pagos. Quando alguém socorre alguém ou ajuda, aparece apenas como caso esporádico, um grão de areia rolando na beira do mar. Que loucura é essa em que nos metemos, que terrorismo é esse que a imprensa criou sobre o manto de se dizer a verdade? Quem financia e/ou fomenta a violência é a mídia ou o inverso, ou as duas coisas?

Qual a necessidade para ocuparem tantas páginas, imagens, ondas de rádio e fluxos de informação pela Internet? Por causa de Beira Mar, Abadia ou Perna estarem presos e terem sido transferidos para uma prisão de segurança máxima? Para quê tanta notícia? Aos especialistas em criminologia, sociologia, psicologia, antropologia do crime que leram alguns livros sobre o tema, aos jornalistas, policiais e peritos de toda a natureza que procuram estudar, compreender, prevenir a criminalidade, aos bandidos, criminosos, traficantes, será que precisamos midiatizar tanto essas informações? será que o mundo precisa realmente dessas informações?

Acho que precisamos é de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Quais atividades poderíamos então sugerir para a ressocialização dessas pessoas: ao Perna, pelo seu apelido, poder-se-ia tentar aulas de ballet clássico intensivo, ao Abadia aulas de artes plásticas dado o seu gosto por obras de arte, ao Beira Mar aulas de música e regência de orquestras para ele minimizar os efeitos do funk carioca. Nas horas de lazer, literatura universal, tragédias gregas, Sheakspeare, os russos e a literatura brasileira, Castro Alves, Machado de Assis, Graciliano, Drumond e outros, muitos outros. Aulas de teatro e poesia.

Creio que dez anos intensivos de arte, muita arte faria um efeito extraordinário, não só para esses, como para toda a carceragem dos miúdos aos graúdos. Esse processo de ressocialização deve ser estendido também para toda a população que fica encarcerada em seus condomínios de luxo (até que esses já usufruem um pouquinho das artes), como também, para os da classe média e os que vivem em barracos fechados nas inúmeras favelas que pululam em nosso globo terrestre.

E você, tem fome de quê?

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