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Que espalhados pelos quatro cantos da cidade saem do sonolento anonimato, isso por que são convocados a tomarem em suas mãos o destino da administração pública pela escolha dos melhores candidatos para edis e alcaide. É mais um ano eleitoral e a velha lengalenga do direito constitucional ganha força pela constante repetição nos vários meios de comunicação (mídia) e validadas pelos poderes institucionais da república.
Diz um ditado popular, que se perguntado se vai ao longe... e um outro não muito popular diz que se repetindo ad infinitum uma mentira ganha ares de verdade, convencendo aos incautos da importância de se votar em “a” ou em “b” para tudo ficar onde está e o rio seguir inexorável o seu caminho em direção ao mar.
Palavras são ditas aqui, repetidas acolá e desditas num outro encontro para que os pactos sejam firmados e reafirmados visando à próxima eleição em 2010, que segundo os entendidos nos interstícios da ‘politicagem’ é a que de verdade vale qualquer coisa. È certo, pois, que são os votos para governadores e o presidente do país que motivam os encontros de contas, isso para investimentos financeiros nisso ou naquilo por parte das autoridades gestoras das pastas da economia: dindin pouco, meu quinhão primeiro.
Mas a bola da vez é o município com seus sem números de problemas que vão se acumulando por gerações de gestores públicos. Podemos citar o caso da saúde pública que quase todos os alcaides estão privatizando paulatinamente, isso na tentativa de uma solução há médio prazo. Mas só encontram empresários ávidos para amealhar mais um quinhão (ou será milhão) para os seus ganhos pessoais.
Uma área tão delicada como a prevenção, a recuperação e manutenção da saúde do brasileiro – podemos constatar que são verdadeiramente uns pobres coitados jogados nos postos e hospitais públicos – está sendo entregue à terceirização de empresas particulares, que só se preocupa com o resultado contábil nas planilhas do livro caixa, ou seja mais lucro!
E os que hoje são chamados pelo nome que consta na certidão, em breve cairão num outro, mas breve, estágio de dormência até a próxima batalha. Entrevero político eleitoral que nunca se consuma, pois os inimigos de hoje podem ser os velhos amigos de amanhã, isso com a maior naturalidade e total falta de caráter, ou de ética ou ainda de moral. E de mãos dadas, velhos inimigos, subirão no mesmo palanque e reconhecerão os seus nomes de batismo, pois é só esperar para ouvir: vote em mim!!!
3 comentários:
Gostei do texto mas percebi uma preocupação descabida e absolutista ao final. Porra, se amanhã eu quiser me tornar comunista, capitalista, defender posições antagônicas, ainda assim terei esse direito, inclusive será mais fácil lidar com um cara que abandonou efetivamente uma posição e assumiu outra, que viver num escudo mentiroso de defesa de uma posição defendida no discurso e não vivenciada no cotidiano. Em outras palavras, que adianta se afirmar anarquista sem realmente o ser?
Defender uma posição significa não ser autoritário e criar mecanismos de vivência que recriem o espaço político-social.
Amigo, por princípio também sou contra o sistema democrático, eleitoral, burguês, republicano realizado no Brasil e em outros países.
Acredito, ainda, ser possível organizar e lutar por uma sociedade sobre outras bases sócio-políticas, no entanto não me vejo no direito de impedir qualquer um de mudar de posição ou mesmo de tomar nova ideologia ou mesmo ser um alienado.
Abraços, João.
ÉTICA(identidade) x MORAL (caráter)
Nem sempre o que está explícito é o que está dito:
Confundir como postura "absolutista" uma leitura moral da falta de moral no campo da política partidária é preocupante...
É sabido, por quase todos, que nesse ambiente da política partidária é um hábito costumeiro trocar de idéias e ideais, isso a cada quarto de lua.
Digo melhor, tanto quanto se troca de "camisinha de venus" nos puteiros de catu, entre rios, alagoinhas e pojuca etc., e pelos mesmos motivos nos dois ambientes, que é a alta taxa de entradas e saídas no livro caixa...
Ass.: Kyz
Interessante, a chamada dos Antonios e Marias em épocas de eleição. É isso mesmo, o povão só
é lembrado nessa época,sendo-lhes prometido tudo, promessas estas que vão se renovar dois anos depois, em nova eleição. Apesar de
sabermos disso, nunca é demais lembrar disso, da falsa democracia que vivemos e da falsa liberdade de expressão, com o fascismo cada vez mais escancarado, com a violência à população e aos movimentos sociais.
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