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DESCONHECIDOS (RE) INVENTANDO ARTE, por Anderson Souza.
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“Signos, sonhos, sombras, imagens,
ninguém vai nunca saber
quantas mensagens nos trazem”
Paulo Leminsk.
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Não é nada fácil tentar definir o que seja arte. A complexidade do termo e de suas características são, naturalmente, subjetivas. De qualquer forma, podemos considerar que, num sentido geral, a arte é um conjunto de regras para dirigir uma atividade humana qualquer. Num sentido estrito a arte quer dizer instrumento, ofício, ciência.
No início do século XX, a arte perdeu um pouco ou muito a necessidade de surgir da criação genial passando a ser entendida mais como expressão espontânea da criatividade humana. O Belo agora já não assume papel central no domínio artístico. O “feio” adquire também seu lugar.
Para o filósofo Walter Benjamim, a reprodução técnica da arte, surgida com a sociedade capitalista tecnológica, possibilita a reprodução em série dos objetos de arte tal como visto na fotografia, no disco e no cinema, o que torna também impossível distinguir original e cópia. A esperança na Revolução Socialista levou Benjamim a considerar a “perda da aura”, o aqui e agora da obra de arte algo favorável a sua difusão e a reprodutibilidade, por sua vez, assumiria um papel de democratizar a cultura. A arte deixaria de ser privilégio das elites e seria direito universal. A esperança de Benjamim se concretizou, porém, às avessas.
A indústria cultural dos países capitalistas cria a cultura de massa. As artes passam a se submeter às regras do mercado capitalista e à ideologia da indústria cultural, a obra de arte agora é uma mercadoria como outra qualquer no capitalismo. Ao contrário do que esperava Benjamim, a arte não foi democratizada, transformou-se em propaganda, sinal de status social, prestígio público e controle cultural. As principais características da arte dão lugar às características do mercado, à consagração pela moda e pelo consumo.
Nos vídeos abaixo, duas personagens desconhecidas nesse mercado cultural, desenvolvem trabalhos que eles próprios consideram como artísticos e nos contam sobre suas influências, processo de construção, dificuldades para produção e exibição de suas obras. Embora talvez eles não venham a ser considerados por muitos como verdadeiros artistas, assistam aos depoimentos deles e, como a maioria dos críticos de artes, expressem suas opiniões.
No início do século XX, a arte perdeu um pouco ou muito a necessidade de surgir da criação genial passando a ser entendida mais como expressão espontânea da criatividade humana. O Belo agora já não assume papel central no domínio artístico. O “feio” adquire também seu lugar.
Para o filósofo Walter Benjamim, a reprodução técnica da arte, surgida com a sociedade capitalista tecnológica, possibilita a reprodução em série dos objetos de arte tal como visto na fotografia, no disco e no cinema, o que torna também impossível distinguir original e cópia. A esperança na Revolução Socialista levou Benjamim a considerar a “perda da aura”, o aqui e agora da obra de arte algo favorável a sua difusão e a reprodutibilidade, por sua vez, assumiria um papel de democratizar a cultura. A arte deixaria de ser privilégio das elites e seria direito universal. A esperança de Benjamim se concretizou, porém, às avessas.
A indústria cultural dos países capitalistas cria a cultura de massa. As artes passam a se submeter às regras do mercado capitalista e à ideologia da indústria cultural, a obra de arte agora é uma mercadoria como outra qualquer no capitalismo. Ao contrário do que esperava Benjamim, a arte não foi democratizada, transformou-se em propaganda, sinal de status social, prestígio público e controle cultural. As principais características da arte dão lugar às características do mercado, à consagração pela moda e pelo consumo.
Nos vídeos abaixo, duas personagens desconhecidas nesse mercado cultural, desenvolvem trabalhos que eles próprios consideram como artísticos e nos contam sobre suas influências, processo de construção, dificuldades para produção e exibição de suas obras. Embora talvez eles não venham a ser considerados por muitos como verdadeiros artistas, assistam aos depoimentos deles e, como a maioria dos críticos de artes, expressem suas opiniões.
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.....Parte I................................................. ........Parte II
Um comentário:
Caro amigo! N�o � nada disso e com essas afirma�es voc� acaba com a arte anarquista. Analisando o contexto da arte no s�culo XX, vemos que ela passa de uma abordagem individual para se preocupar com somente o aspecto social, em detrimento do ser humano. Assim, a arte moderna, bem como a pol�tica desse per�odo, o marxismo-leninismo v� as comunidades como massas e n�o como grupos de indiv�duos. A arquitetura cria com linhas retas e r�pidas, para poder suprir a demanda dos grandes grupos humanos que partem do campo para as cidades. Os movimentos art�sticos na pintura se dividem em dois grupos claros, um subjetivo que parte do dada�smo, vai ao expressionismo mostrando os horrores sofridos pela humanidade e depois se consuma, ap�s a segunda guerra, com a loucura do surrealismo e culmina na action painting onde o compromisso com o figurativismo desaparece totalmente, dando lugar a uma forma de express�o que descreve a falta de sentido dos nossos valores sociais e morais, enquanto sociedade. Do outro lado surgem movimentos mais racionalizados como o cubismo, cujo grande �pice encontramos em Guernica de Picasso que nos mostra os horrores da guerra civil espanhola. Seu sucessor foi o concretismo, onde se procurou uma linguagem universal, na qual , o artista nos Estados Unidos poderia ser compreendido por um abor�gine na Austr�lia.Essa linguagem surgiu, mas n�o tinha conte�do. O que sucedeu a esses movimentos foi a Pop Arte, nos anos sessenta, que colocou os �cones da sociedade, como Coca-Cola e latinhas de sopa, no altar da arte. Quando vamos ao teatro, vemos no diretor teatral um caudilho cultural. Nas �ltimas quatro d�cadas, principalmente, o autor, com seu texto, passaram a ser figuras menores dentro do contexto teatral. Tornou-se licito ao diretor alterar o texto sem nenhum compromisso e de acordo com sua vontade. O diretor passa a ser um formador de opini�o. Coloca seus pontos de vista, imp�e sua vis�o pol�tica e � ele quem brilha no espet�culo e n�o o ator.
O teatro desse per�odo � herm�tico, carrega uma vis�o particular de um homem s� e que muitas vezes viajava na maionese. Para que tenha uma id�ia, o diretor Z� Celso, afirmou em uma entrevista , que um dos seus espet�culos foi criado , depois de que ele havia consumido mescalina e viu uma gaivota morta na praia. Assim seus ensaios come�aram nessa praia com a ingest�o de mescalina por todos do grupo. Viajaram at� onde puderam e despejaram seus momentos de loucura sobre o p�blico, que assistiu a um espet�culo interno e provavelmente impenetr�vel.
O artista do terceiro mil�nio � antes de tudo, um anarquista. J� viveu todas as experi�ncias de esquerda e percebeu seus fracassos. Agora, pra ele a prioridade � salvar o ser humano que existe dentro de cada um de n�s. A arte pertence a quem a v� e n�o a quem se expressa. A arte retorna a ser sensorial como em outras �pocas. O que interessa passa a ser o que o p�blico sente. O teatro anarquista expor� os conflitos esfericamente e com personagens tamb�m esf�ricos. A decis�o sobre o que � bom ou ruim , n�o ser� imposta de baixo pra cima, mas si pertencer� ao p�blico.Com isso, o que quero dizer � que o nosso problema com a arte, n�o foi o capitalismo, mas sim a concep�o de mundo do socialismo marxista que partia do ponto que o homem era um n�mero estat�stico e o que sentia ou pensava n�o importava, que o mundo estava dividido em lideres e pessoas que necessitavam ser lideradas pois n�o saberiam cuidar de sua pr�prias vidas. Estamos dando adeus aos �ltimos caudilhos pol�ticos e aos �ltimos caudilhos culturais.
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