______________________________
apenas mais um deitado eternamente em berço esplêndido..., por el_brujo
estavam os honoráveis membros da ‘família trapo’, e eu, vivenciando na própria sensibilidade epidérmica, esta loucura que é o absurdo burocrático do serviço de saúde pública (kafka, nos ‘alumie!’) de idas e vindas pelos corredores do Hospital Roberto Santos/Ssa/Ba. Isso em busca de atendimento, e/ou internamento, médico especializado – neurologista – para uma pessoa recém acometida de um pré-a.v.c. (princípio de um acidente vascular cerebral)...
e o caso em análise: é deste que vos escreve... Nada de mimos ou paparicos melodramáticos, por favor! Pois não clamo por piedade cristã ou pelo direito inalienável de consumidor esclarecido, que faz parte da ‘grade’ diária dos ‘meios de comunicação’ televisivos ou não, e que é, também, apregoado e estimulado pelos governos de direita, centro, esquerda volver...
e sim pela opção política/filosófica de continuar vivo. Posso no máximo tolerar – pois estou excluído do mercado de trabalho – que se clame por solidariedade, esse bem maior que a humanidade construiu na sua longa jornada de erros e acertos, vulgarmente chamada de aprendizado....
mesmo com o corpo tombando para o lado esquerdo (será um mero acaso ou seria a mão da ‘divina providência’ indicado o caminho dos ‘quintos dos infernos’!) seguíamos juntos – eu e a honorável família ‘trapo’ – por todos os labirintos cinzentos e frios em busca de ajuda para aquele persistente sobrevivente das dietas ricas em gordura, sal e açúcares...
médicos especializados é o que importava naquele momento, pois ‘ele’ fora mais que escorchado, conte aí mais ou menos de 20 anos, com régias contribuições mensais para o sistema único de saúde pública, em vigor neste país de_&_das bananas nanicas de degustação massenta e de paladar duvidoso...
da nossa luta por um mundo melhor... conseguimos uma maca fria e dura sem cobertor ou colchão, isso a título de favor... pois outros “compas” – ‘pobres, pretos e feios’ – de exploração pelo sistema capitalista, em piores condições reclamavam por um atendimento mais personalizado e urgente...
enquanto vidas eram ceifadas nos próprios corredores por falta de atendimento e acompanhamento de um médico especializado..... a vida e a morte de mãos dadas brincavam de bem-me-quer e mal-me-quer!?
Um comentário:
Notícias como estas parecem distantes de nós, quando lemos ou assistimos sobre a incapacidade de atendimento à demanda na Saúde Pública. E aí o impasse: vamos atender bem limitando a quantidade? ou vamos continuar recebendo todos e daremos atendimento precário? A resposta já está dada no dia-a-dia dos hospitais públicos. Só que quando acontece comigo ou aos próximos a mim aquilo de distante some e eu sou igual a todos aqueles os quais já ouvi falar....o que posso fazer? Errei ao nascer homem!
Postar um comentário