domingo, 23 de novembro de 2008
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
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"FALE AGORA OU CALE-SE PARA SEMPRE", por Anderson Souza.
"FALE AGORA OU CALE-SE PARA SEMPRE", por Anderson Souza.
Sendo talvez a mais antiga das instituições que o mundo conhece, o casamento vem sofrendo significativas alterações em sua concepção. Numa rápida busca pela internet encontrei explicações que distinguiam juridicamente o matrimônio como "uma associação, na qual os sócios são de iguais valores, vivendo sempre para complementar um ao outro" e religiosamente, tendo o objetivo de "fundir duas pessoas numa unidade harmônica e criativa de alma e corpo".
Durante a semana procurei saber a opinião de algumas pessoas sobre o casamento. Percebi que o assunto causou certo desconforto e acredito que por isto a maioria hesitou em falar a respeito. Aqueles que responderam às minhas perguntas, por outro lado, pareceram não querer se expor por completo; pois, a maior parte das respostas foi um tanto quanto evasiva. De qualquer maneira, ainda que ínfima, podemos ter uma noção de como uma parcela da sociedade pensa a respeito do casamento tradicional.
Para o consultor técnico Ajota Nascimento, as vantagens e desvantagens do casamento "estão relacionadas aos interesses do casal". Com isso, percebemos claramente o valor burocrático ao qual o casamento está associado. Casada há 3 anos, tanto no civil quanto no religioso, a analista de recursos humanos, Carol Pussente, diz que a vantagem de uma união conjugal está em "poder compartilhar todos os momentos de vitórias e dificuldades a dois". Ela considera desvantajoso o fato de "ter que suportar alguns hábitos e vícios". Entretanto, a maioria dos entrevistados revela não ser favorável a dar satisfações de tudo para o outro. Mas como sintetiza o professor José Anselmo Amorim dos Santos, separado há 4 meses após um relacionamento de 10 anos, a vida conjugal "é o constante exercício de lidar com as diferenças".
Considerando que as pessoas se casam por amor, qual a necessidade de assinar um contrato que tem como única finalidade a garantia dos bens materiais, no caso de uma separação ou falecimento do companheiro? "Não há necessidade. É apenas uma formalidade", justifica a bióloga Daiana Gondim. Porém, esta "mera" formalidade deve registrar ou não explicitamente a separação dos bens, e em muitos casos cujos bens de uma das partes ou ambas é de grande valor econômico, vê-se, além do contrato, acordos pré-nupciais. O que, pra mim, demonstra certa desconfiança nos interesses do companheiro ou companheira. Carol admite: "a necessidade é justamente de garantir que aquele tempo de união possa assegurar um futuro ou, até mesmo, o presente de forma mais qualitativa, com aquisição de bens, plano de saúde, etc.".
Quando o padre diz: "eu vos declaro marido e mulher até que a morte os separe", aos olhos da Igreja, a possibilidade de uma separação antes de tal fatalidade é impensável. Contrariamente, o que vemos são justamente pessoas casando hoje e separando no dia seguinte. Daiana não acredita que a união conjugal deva durar até que a morte separe, mas "até que ambos estejam felizes e satisfeitos com o casamento". Ora, não podemos esquecer da promessa feita no altar diante de Deus e das testemunhas. Ajota brinca, dizendo concordar com tal idéia religiosamente, mas racionalmente não. Já a estudante Maria Helena Moreira, aposta na relação até o final da vida: "se não houver sacrifícios e for prazerosa, sim", ressalva.
O sexo parece estar diretamente ligado ao casamento. Ele pode unir e apimentar a relação quando ambos estão satisfeitos com o desempenho de cada um, ou causar desarmonia quando praticado extraconjugalmente. Certa vez, um colega me disse que o bom do casamento é que ele teria sexo garantido em casa. Apesar de não estar tão certo disso, pensei se seria este então o objetivo do casamento. "A fidelidade, como todos os outros elementos, deve ser estabelecida entre o casal visando a felicidade e o bem estar de ambos", pondera o professor Anselmo. E, realmente, existem casais que optam por um relacionamento aberto, em que o sexo pode ser mantido com terceiros, separadamente ou até mesmo em conjunto. Não sendo adepta desta linha de pensamento, Carol conclui que "se um casal decide unir seus corpos, não tem porque cometer adultério"; e completa, "quem quer muito acaba não tendo nada".
A Igreja prega que o sexo só pode ser praticado após o casamento, mas já assisti diversos casamentos em que a noiva, tradicionalmente vestida de branco - representação de virgindade e pureza - já demonstrava a enorme barriga dos últimos períodos da gestação. Cerimônia de faz de conta, essa é a impressão que tenho. Por outro lado, parece ser inadmissível que uma mulher tenha um filho sem regularizar sua vida conjugal. Ou seja, engravidou, vai ter que casar! Podemos ouvir muitos argumentos de que em casos assim seja necessário unir o casal para garantir o bem-estar da criança; mas, ao que parece, busca-se apenas manter as aparências para a sociedade. "Só pode haver a união se ambos concordarem, caso contrário não há necessidade", acredita Maria Helena. E descarrega, "tanto a sociedade quanto a criança sobrevivem a qualquer uma das situações".
Atualmente, a principal polêmica envolvendo o casamento tem sido em torno da união homossexual. Gays e lésbicas lutam pela legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. O músico, Cleber Silva, considera que "as escolhas devem ser respeitadas, independentemente dos valores morais". E já que tudo não passa de formalidades, por que há essa resistência em permitir a união jurídica e religiosa desses casais? "A busca da felicidade deve ser a grande meta de qualquer união, seja ela hetero ou homo, pois o que levaremos dessa vida será os momentos felizes que teremos", finaliza Anselmo.
Inevitavelmente, momentos de desacordo são comuns, mas o respeito à opinião do outro pode assegurar um bom entendimento entre as partes. Isto não quer dizer que o casamento seja algo indispensável para garantir um relacionamento feliz. Aliás, o compartilhamento de idéias e relações não deveria ser para provar qualquer coisa.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
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vítimas, onde? Só vejo os algozes...
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por el_brujo
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“O rei está por toda parte.
“O rei está por toda parte.
Que a luta já não se limita a um único front – o Estado –,
mas que os fronts se multiplicaram ao infinito e estão também em nós.”
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Félix Guatarri
Como é do conhecimento de todos, principalmente dos participantes deste insano torneio onde se dá a prevalência dos mais fortes e adaptados à subserviência implantada pela exploração dos algozes do próprio homem, e cuja recompensa são meramente elogios falaciosos e/ ou prendas virtuais, não-mensuráveis.
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Portanto, todos sabem ou deveriam saber, que as mídias são instrumentos de controle político e de dominação ideológica de corpos e mentes sadios para o trabalho alienante e, também para o consumo desregrado de inutilidades prejudiciais ao sistema ecológico, bem com para as relações inter-pessoais.
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Visto que a concretitude de qualquer idéia neste espaço midiático de divulgação// adestramento, é simplesmente expor//vender de tudo um pouco e mais outros tantos... Exemplificando, relembramos o imensurável leque de opções que vão do absorvente feminino cor-de-rosa com cheirinho de tutti-frutti até a salvação das ‘almas’ pecaminosas do fogo eterno das fornalhas a gás natural no quintos do inferno!
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Observe com atenção no cotidiano urbano e constate a matéria com a qual se adorna//veste os corpos e as mentes dos aprendizes de feiticeiros. E atentando, com um pouco mais de presteza, verás que todas essas quinquilharias estão espalhadas estrategicamente por toda parte... O mecanismo utilizado para capturar a atenção dos possíveis ludibriados parece com um processo de sedução – conquistar pelo olhar – maniqueísta do chamariz visual, que conduz a um fim determinado, qual seja ele o consumo//aquisição de bens de utilidade que se deve constantemente questionar, pois são duvidosas as suas necessidades forjadas nos frios labirintos do saber pequeno-burguês.
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Destacamos que, pouco importando qual que seja o bem// produto, esse mecanismo de estímulo utilizado tem por objetivo perpetuar este sistema produtivo – o capitalismo – ad infinitum para gloria máxima dos senhores proprietários dos conglomerados financeiros-industrial... Mesmo que tal projeto expansionista traga consigo alguns senões, ou seja, que se torne um vetor não-controlável de agressão ao meio ambiente com as conseqüências já conhecidas por todos os envolvidos nesse processo de sedução, ou não.
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Um pequeno parentes se faz necessário, para que possamos ressaltar que estas conseqüências já se fazem sentir no nosso dia-a-dia. Citamos, para clarear essa explanação, as poluições múltiplas (áudio-visual, atmosférica, etc.) e o aquecimento global, E só para citar algumas dessas variáveis prejudiciais em seu sentido macro para o nosso entorno, e no qual estamos inseridos como co-participe para a sua necessária preservação, pois existe claramente a sua limitação como fornecedor de matéria prima.
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Portanto, estão aí os meios encontrados para conduzir os artifícios de manipulação das necessidades físico-psicológicas dos possíveis clientes// consumidores dessas quinquilharias multicoloridas. E que estão em todos os meios de divulgação comercial, informação científica e formatação psicológica das mentes (controle político) e corações (dominação ideológica) humanos.
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Reafirmamos, só para explanar sobre o obvio, que essas quinquilharias estão também nos écrans multicoloridos de idéias pré-concebidas; conservadas em solução aquosa de aldeído metílico (formol); e requentadas em forno de micro-ondas por milionésimo de segundos.
Concretizado esse processo de vivificação, e eis que se tem um produto pronto para o consumo imediato de sabe-se lá do quê... Mas se usarmos como acompanhamento um bom vinho tinto prensado no sertão do Alto São Francisco, e mais algumas fatias de pão sarraceno, fica um ouro da babilônia.
E, para que se possa sonhar com idéias de liberdade política, igualdade econômica e fraternidade entre homens e mulheres de boa vontade, se faz necessário encontrar um ponto de excitação, e assim para penetrar nas fissuras sistêmicas que a estrutura de poder apresenta vez por outra...
Essa necessidade se justifica, pois que esse sistema de exploração do homem pelo homem teima – apesar dos esforços seculares de várias gerações de vingadores// justiceiros – em manter-se de pé como um “joão bobo// teimoso”.
Reafirmamos, só para explanar sobre o obvio, que essas quinquilharias estão também nos écrans multicoloridos de idéias pré-concebidas; conservadas em solução aquosa de aldeído metílico (formol); e requentadas em forno de micro-ondas por milionésimo de segundos.
Concretizado esse processo de vivificação, e eis que se tem um produto pronto para o consumo imediato de sabe-se lá do quê... Mas se usarmos como acompanhamento um bom vinho tinto prensado no sertão do Alto São Francisco, e mais algumas fatias de pão sarraceno, fica um ouro da babilônia.
E, para que se possa sonhar com idéias de liberdade política, igualdade econômica e fraternidade entre homens e mulheres de boa vontade, se faz necessário encontrar um ponto de excitação, e assim para penetrar nas fissuras sistêmicas que a estrutura de poder apresenta vez por outra...
Essa necessidade se justifica, pois que esse sistema de exploração do homem pelo homem teima – apesar dos esforços seculares de várias gerações de vingadores// justiceiros – em manter-se de pé como um “joão bobo// teimoso”.
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Clama-se, portanto, por uma retomada de objetivos e de se perscrutar por novos caminhos para fugir do fetiche da mercadoria que nos persegue teimosamente já há algumas décadas...
Portanto vislumbramos nas palavras de Sir Karl Raimund Popper que “... podemos torna-nos os artífices de nosso destino, quando deixarmos de posar como profetas” nas infrutíferas tentativas de determinar o futuro previamente concebido como mais-que-perfeito.
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Juntamos, pois, a esta rápida reflexão o desejo de que podemos atuar em coletivos não-hierarquizados – pequenos ou grandes, isto pouco importa – que podem ser efetivamente concretizar-se como uma das alternativas a este modelo econômico opressivo pela sua própria essência competitiva.
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Reforçamos, aqui, a idéia da convivência em coletividade, pois é nesses espaços políticos, como nos diz as palavras de Hans Magnus Enzensberger, que se dá o “diálogo de cada um com os demais” na construção de uma nova sociabilidade sem a predominância da concentração do poder em dedos longos e repletos de anéis multicoloridos.
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Digo-vos, portanto, que os coletivos não-hierarquizados podem ser um desses caminhos para manter vivo o desejo por liberdade, que só será exeqüível se associar-se a igualdade de condições para vicejar a fraternidade, mesmo entre àqueles que teimam, hoje, em exercitar sua porção egocêntrica, territorialista e competitiva.
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Em resumo, urbanamente belicosos, é o que se construiu como referência para a vivência coletiva nesses nossos hiper-aglomerados urbanos... Agressividade – expressão intima de poder – conseqüência direta deste sistema de arranjo urbano, que se impõe em tais situações de concentração de indivíduos que pensam e sentem suas relações com outrem.
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Mas devemos continuar a lutar por espaços de possibilidades lúdicas de resistências, que buscando uma sociabilidade fraterna, e para assim viabilizar os discursos de re-encontro consigo e com o outro, pois Hakim Bey já poetizou "As palavras pertencem àqueles que as usam apenas até que alguém as roube de volta."
Portanto vislumbramos nas palavras de Sir Karl Raimund Popper que “... podemos torna-nos os artífices de nosso destino, quando deixarmos de posar como profetas” nas infrutíferas tentativas de determinar o futuro previamente concebido como mais-que-perfeito.
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Juntamos, pois, a esta rápida reflexão o desejo de que podemos atuar em coletivos não-hierarquizados – pequenos ou grandes, isto pouco importa – que podem ser efetivamente concretizar-se como uma das alternativas a este modelo econômico opressivo pela sua própria essência competitiva.
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Reforçamos, aqui, a idéia da convivência em coletividade, pois é nesses espaços políticos, como nos diz as palavras de Hans Magnus Enzensberger, que se dá o “diálogo de cada um com os demais” na construção de uma nova sociabilidade sem a predominância da concentração do poder em dedos longos e repletos de anéis multicoloridos.
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Digo-vos, portanto, que os coletivos não-hierarquizados podem ser um desses caminhos para manter vivo o desejo por liberdade, que só será exeqüível se associar-se a igualdade de condições para vicejar a fraternidade, mesmo entre àqueles que teimam, hoje, em exercitar sua porção egocêntrica, territorialista e competitiva.
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Em resumo, urbanamente belicosos, é o que se construiu como referência para a vivência coletiva nesses nossos hiper-aglomerados urbanos... Agressividade – expressão intima de poder – conseqüência direta deste sistema de arranjo urbano, que se impõe em tais situações de concentração de indivíduos que pensam e sentem suas relações com outrem.
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Mas devemos continuar a lutar por espaços de possibilidades lúdicas de resistências, que buscando uma sociabilidade fraterna, e para assim viabilizar os discursos de re-encontro consigo e com o outro, pois Hakim Bey já poetizou "As palavras pertencem àqueles que as usam apenas até que alguém as roube de volta."
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
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Mais um pouquinho do Seminário
Nesta última postagem sobre o seminário Ditadura do Pensamento Único apresentamos dois dos palestrantes do dia 17 de Outubro. Um deles é Antonio Mendes, artesão, auto-didata na área de meio ambiente, e anarquista desde os anos 60. O outro é Ricardo Liper, professor de Filosofia da UFBA. Ambos criadores do jornal O Inimigo do Rei.
Ai vai um resumo do que foram as apresentações:
Ai vai um resumo do que foram as apresentações:
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
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Homenagens às Eleições !!!!
O texto abaixo, escrito por um militante anarquista de Brasília, foi publicado na edição de número 21, de Outubro de 1987, do Jornal O Inimigo do Rei, :
"Nós, anarquistas ou libertários, por uma coerência de ideal, devemos aproveitar as próximas eleições para encabeçarmos uma campanha a nível nacional do voto nulo. Através dos coletivos de cada cidade ou mesmo individualmente, propagar nossos ideais aproveitando o descontentamento popular evidenciado de forma efusiva nas últimas eleições.
Sabemos que a postura mais condizente com a nossa proposta seria a abstenção ao voto, mas como somos obrigados arbitrariamente a praticar este ato inútil, o voto nulo, se consciente, pode ter o mesmo efeito. Estes podem ser os primeiros passos para chegarmos a uma sociedade autogestionária, em que cada um represente a si mesmo".
E Bakunin, em uma de suas mais deliciosas opiniões a respeito daqueles que se diziam defensores do povo:
“Assim, sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: o governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Esta minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários.
Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e por-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo. Quem duvida disso não conhece a natureza humana.”
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
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Mais Visões sobre o Seminário
No post de hoje colocamos os vídeos com a apresentação de Nildo Avelino, Dr. em Ciência Política, pela PUC-SP, e colaborador do Centro de Cultura Social de São Paulo.
Nildo aborda o Pensamento Único em seu viés esquerdista. Mostra como uma espécie de pensamento autoritário é latente no marxismo, desde Marx, a partir dos conflitos entre ele e o anarquista Proudhon.
Em um dos trechos da apresentação ele lê um segmento de carta de Proudhon à Marx. Ali já é possível captar as críticas futuras de todos os anarquistas ao marxismo:
"Aplaudo, de todo o coração, sua idéia de trazer todas as opiniões à luz. Iniciemos sim uma boa e leal polêmica; tentemos dar ao mundo um exemplo de tolerância sábia e perspicaz, mas não nos transformemos, pelo simples fato de que somos os líderes de um movimento, em líderes de uma nova forma de intolerância; não podemos ser apóstolos de uma nova religião, mesmo que seja a religião da lógica e da razão".
No post de hoje colocamos os vídeos com a apresentação de Nildo Avelino, Dr. em Ciência Política, pela PUC-SP, e colaborador do Centro de Cultura Social de São Paulo.
Nildo aborda o Pensamento Único em seu viés esquerdista. Mostra como uma espécie de pensamento autoritário é latente no marxismo, desde Marx, a partir dos conflitos entre ele e o anarquista Proudhon.
Em um dos trechos da apresentação ele lê um segmento de carta de Proudhon à Marx. Ali já é possível captar as críticas futuras de todos os anarquistas ao marxismo:
"Aplaudo, de todo o coração, sua idéia de trazer todas as opiniões à luz. Iniciemos sim uma boa e leal polêmica; tentemos dar ao mundo um exemplo de tolerância sábia e perspicaz, mas não nos transformemos, pelo simples fato de que somos os líderes de um movimento, em líderes de uma nova forma de intolerância; não podemos ser apóstolos de uma nova religião, mesmo que seja a religião da lógica e da razão".
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segunda-feira, 20 de outubro de 2008
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Visões do Seminário
Hoje estamos trazendo os dois primeiros vídeos com uma das apresentações dentro do Seminário.
Infelizmente, graças à incompetência técnica de quem produziu o evento, o áudio desta apresentação saiu bem ruinzinho. As próximas não estão tão ruins.
Na apresentação Carlos Baqueiro dá uma idéia inicial do que vem a ser a Doutrina do Pensamento Único. Fala também sobre os pensadores que abordam a doutrina, como Ignacio Ramonet, Cornelius Castoriadis e Noam Chomsky.
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Infelizmente, graças à incompetência técnica de quem produziu o evento, o áudio desta apresentação saiu bem ruinzinho. As próximas não estão tão ruins.
Na apresentação Carlos Baqueiro dá uma idéia inicial do que vem a ser a Doutrina do Pensamento Único. Fala também sobre os pensadores que abordam a doutrina, como Ignacio Ramonet, Cornelius Castoriadis e Noam Chomsky.
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Sim.
Aproveitando este post gostaria de deixar aqui meus protestos contra parte da imprensa brasileira que se utilizou, durante a semana que passou, de um fato de relevância apenas na esfera privada, transformando-o em uma "novela" de conotação pública. "Jornalistas" como Sonia Abraão da Rede TV usaram e abusaram do direito (e do poder) que têm nas mãos para conseguir audiência (e grana dos patrocinadores, por osmose), interferindo, inclusive, no sucesso de negociações de cunho policial.
Uma situação que já parecia caótica, tanto pela complexidade que se dá em casos relacionados às paixões humanas, quanto pelo que parecia um certo despreparo das instituições policiais, ainda surgem, neste conflito que deveria ficar apenas na esfera privada, "jornalistas" que se travestem de psicólogos, especialistas em direito, donos de conhecimentos que devem ter a partir de revistas de variedades, também produzidas por eles, e interferem no andamento dos acontecimentos.
Inventaram, assim, um outro tipo de jornalismo. O Jornalismo Ativo, em que os repórteres, editores, fotógrafos, câmeras, radialistas, etc, estão inseridos na notícia, e têm a possibilidade de levarem os fatos para onde bem desejarem, mesmo sabendo que vidas humanas estão em questão.
Infelizmente, nada deverá acontecer com aqueles "jornalistas". Nem com as emissoras ligadas a eles. Nem sei mesmo se nas suas cabecinhas de especialistas em generalidades eles teriam condições de entender a merda que ajudaram a construir.
Uma coisa em minha mente é certa: Os limites vão sendo ultrapassados e a cada dia ficamos com menos privacidade (lembrem-se também das câmeras de ACM Neto), até mesmo quando a morte nos espreita. Tudo é possível em nome da audiência.
grato,
CB
Sim.
Aproveitando este post gostaria de deixar aqui meus protestos contra parte da imprensa brasileira que se utilizou, durante a semana que passou, de um fato de relevância apenas na esfera privada, transformando-o em uma "novela" de conotação pública. "Jornalistas" como Sonia Abraão da Rede TV usaram e abusaram do direito (e do poder) que têm nas mãos para conseguir audiência (e grana dos patrocinadores, por osmose), interferindo, inclusive, no sucesso de negociações de cunho policial.
Uma situação que já parecia caótica, tanto pela complexidade que se dá em casos relacionados às paixões humanas, quanto pelo que parecia um certo despreparo das instituições policiais, ainda surgem, neste conflito que deveria ficar apenas na esfera privada, "jornalistas" que se travestem de psicólogos, especialistas em direito, donos de conhecimentos que devem ter a partir de revistas de variedades, também produzidas por eles, e interferem no andamento dos acontecimentos.
Inventaram, assim, um outro tipo de jornalismo. O Jornalismo Ativo, em que os repórteres, editores, fotógrafos, câmeras, radialistas, etc, estão inseridos na notícia, e têm a possibilidade de levarem os fatos para onde bem desejarem, mesmo sabendo que vidas humanas estão em questão.
Infelizmente, nada deverá acontecer com aqueles "jornalistas". Nem com as emissoras ligadas a eles. Nem sei mesmo se nas suas cabecinhas de especialistas em generalidades eles teriam condições de entender a merda que ajudaram a construir.
Uma coisa em minha mente é certa: Os limites vão sendo ultrapassados e a cada dia ficamos com menos privacidade (lembrem-se também das câmeras de ACM Neto), até mesmo quando a morte nos espreita. Tudo é possível em nome da audiência.
grato,
CB
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
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Amostra do Seminário...
Édilo Filho e Carlos Baqueiro começam suas apresentações abordando o tema Mídia e o Pensamento Único.
Mas lembrem que hoje tem mais:
Ricardo Liper, Antonio Mendes e Nildo Avelino abordam os temas Ecologia Social, Autogestão e Ação Direta.
Até segunda-feira a gente faz mais algumas gravações e edições e coloca aqui prá quem não chegou a ir ao seminário.
Mas lembrem que hoje tem mais:
Ricardo Liper, Antonio Mendes e Nildo Avelino abordam os temas Ecologia Social, Autogestão e Ação Direta.
Até segunda-feira a gente faz mais algumas gravações e edições e coloca aqui prá quem não chegou a ir ao seminário.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Olá, a todos,
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O Seminário A Doutrina do Pensamento Único acontecerá dias 16 e 17 de Outubro, a partir das 19 horas...
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O local é o Sindicato dos Petroleiros, na Rua Marujos do Brasil, 20, Tororó, Salvador, Bahia.
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A Entrada é Franca.
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Quem puder repassar essa mensagem para colegas de trabalho ou de escola, que se interessem pelo assunto, seria legal.
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O Seminário pretende discutir sobre algumas idéias que surgiram nos anos 90 acerca da possibilidade de uma "elite" econômica estar conseguindo fazer com que todo mundo pense uniformemente.Ignacio Ramonet, Cornelius Castoriadis e Noam Chomsky foram alguns dos pensadores que perceberam que isto estava acontecendo de uma forma sistemática.
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Queremos agora debater acerca de seu funcionamento e analisar formas de combater essa sistematização...Por isso as apresentações sobre o Controle de Mídia, a Educação Libertária, a Ecologia Social e sobre Autogestão e Ação Direta...
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Mais informações ?
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Leia o texto de Castoriadis:http://diplo.uol.com.br/1999-12,a1592
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Valeu,
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Carlos Baqueiro
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